terça-feira, 9 de setembro de 2008

Convívio



Um rosto claro
de luz vestido
e olho aceso
é quase sempre sinal

de gente bem
bondade, valor
tão esquecido
nestes confins

a cor da pele
não importa
num rosto claro
habita o sol

Tem sal, é leve,
destaca-se
entre tantos
onde o peso dói

Sorriso sem pressa
gargalhada, fala
sem censura, o olho
que ri, que procura

No céu, os pássaros
nuvens, tudo
que enche o olhar
com imensidão

Homem, mulher
não importa
um rosto claro
é paz no turbilhão

Deixa o peso pra trás
dobra o pesar
toca o sino de bronze
e espanta o mal

E não importa
para onde
os outros olhos
estão voltados

Um rosto claro atrai
outra gente, solar
sem idade
gente que já sabe

Pra onde vai
de onde vem
o que deseja pra outro
também tem

Gente deste naipe
alivia meu peso
minha escuridão
assopra ferida

Cura meu povo
diminui a febre
faz ver beleza
onde antes não

Embora lunar
me distraio
e deixo a luz
me banhar

6 comentários:

Débora Kikuti - contadora de histórias disse...

Inda bem, tenho em meu caminho gente do seu naipe...pra me encantar com essa coisa bonita que cê escreve!
Adoro!

Mary Flower disse...

Ai, Dedé,

Nós que já viramos cartas e mais cartas a procura dessa gente, com quem hoje convivemos... grandes, pequenos, novos e velhos...que bom!

Mostrok disse...

Hola, me gustan las fotos... y entiendo algo de la poesia aunque mi portugués no es muy bueno...
te felicito!

Mary Flower disse...

Gracias, Mostrok, por su visita e cariño!

Pedro Pablo Pachón disse...

Tus poemas dejan ver un alma de hermosa inspiración.
Desde ahora seré un asiduo visitante de tu blog.
Un abrazo.

Mary Flower disse...

Gracias, Castorlux, bienvenido!