Revelação
se dá
quando
no silêncio
grita
muda
uma Verdade
Poesia
se dá
quando
aparece
ilesa e nua
a carne
da Palavra
Canção
se dá
quando
a ousadia
rompe o ar
vibrando Som
Gorjeio
se dá
quando
distraído
o Pássaro
assovia
Anseio
se dá
quando
o murmúrio
cego
cambaleia
Desejo
se dá
quando
não cabe
no corpo
essa Vontade
Amor
se dá
quando
a Morte
não faz mais
que companhia
Fatalidade
se dá
quando
o inevitável
atropela o Tempo
Sonho
se dá
sempre
que se permite
o Possível
A aquarela mostra um guerreiro, com a pintura tradicional do seu povo, que vai do rosto até os pés. Nos ritos de passagem, utilizavam garras de onça para a escarificação e jenipapo, para colorir e cicatrizar. Realizá-la foi uma jornada de introspecção e de diálogo com a água. Está no livro "O Sinal do Pajé", da Editora Peirópolis.
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