quarta-feira, 1 de outubro de 2008

Só dói quando eu rio


Do que é feita a dor:
Inflamação, corte , ferida?
De que parte do corpo vem:
Cérebro, órgão, membro?

Por que vem:
Descuido, excesso, pane?
Pra quem vem:
Obeso, frágil, desatinado?

Sofrer a dor física
é merecimento?
Momento passageiro
pra lembrar o quão humano?

Quando cutuca, fisga, sonda,
nos faz sensíveis demais
(difícil raciocinar)
é sina de ser gente?

Mas se tem dor todo animal
então não é
nosso o destino

de doer sem trégua

Afundar no chão
ser um só com a terra
virar esponja de ar
(meditação pode ajudar)

Mas se o espinho lá está
Tem que romper pra tirar
Há que tirar
pra ter paz

Poder rir, poder falar,
só não tendo dor
sensação boa
de bicho do mato

sem remédio
sem mal
sem cura
sem igual

feliz

2 comentários:

Débora Kikuti - contadora de histórias disse...

Indiquei o seu blog - é claro! - para o Prêmio Dardos:

“Com o Prêmio Dardos se reconhece os valores que cada blogueiro mostra cada dia em seu empenho por transmitir valores culturais, éticos, literários, pessoais etc., que, em suma, demonstram sua criatividade através do pensamento vivo que está e permanece intacto entre suas letras, entre suas palavras.”

Tem um pequeno cerimonial (colocar o 'selo', indicar seus blogs preferidos para que também recebam o prêmio _ que nada mais é que uma forma de dizer "Admiro seu trabalho 'de montão"). Apareça lá no meu blog para receber (copiar) o selo.

No fundo, trata-se de um grande carinho entre pessoas! Tá valendo, né?
Beijocas
Inté.

Mary Flower disse...

Que lindo, Dedé... o carinho é recíproco, você sabe disso.
Beijos e queijos