"Vamos chamar o vento,
vamos chamar o vento..."
As flautas repousam
herdeiras sagradas
na Casa dos Homens
Um sopro de vida
coluna soante
A flauta acorda
vibra, desdobra o ar
Lá fora
taboca, taquara
bambuzal, ninho, floresta
sacodem no vendaval
Por um momento infinito
o ruído é assustador
enquanto a flauta passeia
entre monótonos tons
Cessa a flauta,
cessa o vento,
tudo cala de uma vez
Não é festa, não é nada
É só o curumim
bulindo, brincando
de Tupana na Casa dos Homens
A frase entre aspas é da canção de Dorival Caymmi, que tem o mesmo nome.
Tupana e Tupã são a mesma divindade.
Layed down are the flutes,
sacred heritage,
at the Man's House
Suddenly, a life's blowing
at the sounding column
wake up a flute
that vibes the air around
Out there,
the bamboo trees
and all the forest leaves
dance along the wind
At this infinite moment
the noise is terrifying
though the flute keeps sounding
its repetitive sound
The flute stops
and so the wind
everything turns quiet
It is no party, it's nothing at all
but only the curumim
playing, touching, dreaming
alone at the Man's House.