No assobio do pinhé
tem um alerta
e um chamado
Grito estridente
estremece
arrepia
Quem no solo
se vê
só, sem defesa
Vôo alto, leve,
correntes de ar quente
prenúncio de tempestade
Passarinhos ressabiados
ninhos a proteger
do predador e da chuva
Asas abertas
cabeça ereta
vôo rasante: a presa
O bico cortante,
na garra, o bicho
morto
Tufos de penas eriçadas
desaba a tempestade
mais nenhum pio
Carrapateiro, pequena ave
sinal na língua do pajé
cocar de pena rajada
Bela brutalidade
força da natureza
recordação
Pinhé grita,
respondo:
Aqui!
quinta-feira, 18 de dezembro de 2008
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